Fibria lança edição especial sobre a Fazenda Santa Inês

A Fibria aproveitou a inauguração da nova sede em Capão Bonito para apresentar uma publicação que conta histórias e lembranças da Fazenda Santa Inês, referência em produtividade e berço de muitas iniciativas em prol do manejo sustentável e da construção de uma nova forma de relacionamento com a sociedade.
De acordo com a Fibria, as fazendas da Unidade Florestal de Capão Bonito tiveram a presença constante da família Ermírio de Moraes, que desde a década de 1940 iniciara o plantio de eucaliptos como alternativa para a geração de energia.
A chegada da Fibria à região, em 1992, representou um grande impulso para as atividades da Votorantim no mercado de celulose e papel. Mas nem sempre essas terras foram ocupadas com eucaliptos.
De acordo com os empregados mais antigos, até os anos 1930 a criação de gado leiteiro era a atividade predominante nas terras hoje ocupadas pelas fazendas da Fibria, exceto na atual Fazenda Santa Fé, que era povoada de mata nativa em quase toda sua extensão.
O início da produção de madeira ocorreu por volta de 1940, na área da atual fazenda Boa Esperança, então conhecida como Fazenda Comercial – que pertencia a uma empresa fabricante de fósforos, a S/A Comercial Fósforos, cuja fábrica situava-se na capital do Estado.
Em 1944, a empresa iniciou o plantio de araucárias para garantir o suprimento de madeira para fabricação do produto.
Ainda segundo os empregados mais antigos da Fibria, a formação da Fazenda Santa Inês ocorreu por iniciativa de seu ex-proprietário, o Coronel Cândido Severino Maia, mais conhecido como Candoca.
Catarinense de nascimento, o Coronel Candoca chegou à região em 1912, enriqueceu como tropeiro e construiu, na sede da Santa Inês, uma casa conhecida por suas formas que lembravam um castelo.
Já a fazenda Santa Fé foi formada nos anos 1960 e pertencia a um fazendeiro identificado como João Marcos.
A partir dos anos 1950, o eucalipto foi introduzido na Santa Inês e, posteriormente, na Santa Fé, para a produção de carvão vegetal, pela Sociedade Agrícola Santa Helena Ltda, que assumiu as duas propriedades.
O corte das árvores era feito manualmente, com machados. As motosserras começaram a ser utilizadas na década de 1970, e o impacto foi impressionante: a produção foi triplicada.
A publicação da Fibria também conta um pouco dos anos em que o eucalipto ganhou força como fonte para geração de calor nas indústrias brasileiras, com as florestas plantadas se espalhando pela região de Capão Bonito com a produção de carvão vegetal em substituição ao óleo combustível. Com o fim da crise do petróleo, no final dos anos 1980, o carvão vegetal deixou de ser uma fonte energética indispensável e grandes áreas de reflorestamento puderam ser liberadas para outras atividades.
A publicação também traz uma série de relatos de famílias que moraram na Fazenda Santa Inês.

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