Incêndios na zona urbana preocuparam moradores de Capão Bonito

O final da tarde e começo da noite do último sábado, dia 31 de agosto, foi preocupante para moradores de Capão Bonito com incêndios que atingiram vegetação, empresa e por pouco não atingiram imóveis e casas na vila Bela Vista.

Os eventos colocaram a cidade no mapa dos municípios do Estado de São Paulo que estavam sob risco de queimadas e que tiveram repercussão grave há alguns dias na região de Ribeirão Preto onde várias propriedades, plantações foram destruídas, inclusive, com morte de animais e com muitas pessoas tendo que recorrer a atendimento médico por problemas respiratórios.

No começo da tarde teve início um incêndio no pátio de uma serraria no Distrito Industrial I, que preocupou os funcionários, o proprietário, mas felizmente após pronta atuação do Corpo de Bombeiros local foi possível conter as chamas e o incêndio não invadiu os barracões da empresa. Logo depois, teve início um incêndio no loteamento Terras do Embiruçu, que acabou passando para o outro lado do córrego e chegando a devastar uma plantação de pinus e por pouco não atingindo o empreendimento de apartamentos Estância Marieta e o Centro de Assistência Social Padre Henrique.

Com o fogo se alastrando com muita força sobre essas áreas e colocando em risco os moradores de residências que ficam do outro lado da rua Minas Gerais, houve uma movimentação grande com a presença de viaturas do Corpo de Bombeiros, de empresas privadas e até da Sabesp para evitar que o incêndio causasse vítimas.

Uma grande preocupação ocorreu com a direção do Centro de Assistencial Social que temia que o incêndio atingisse o abrigo onde residem crianças e adolescentes que estão aos cuidados do poder público. As crianças foram transferidas por um dia para um hotel da cidade e depois foram abrigadas na casa que era do Padre Henrique e na terça-feira retornaram para a sede do abrigo.

“Foi algo apavorante, pois percebemos que o fogo estava chegando próximo das instalações do CAS e decidimos fazer um apelo às pessoas para que nos ajudassem a combater o incêndio, pois os bombeiros estavam atuando em outra parte da rua Minas Gerais. Usamos mais de 40 extintores que tínhamos e muitas pessoas da diretoria e sociedade foram ajudar a combater o fogo, depois chegou um caminhão pipa de empresa particular e ajudou a apagar. Mas se não fosse a participação das pessoas com os extintores no começo do incêndio certamente ele teria chegado até as nossas instalações”, disseram diretores do CAS.

Em vídeo, o prefeito Júlio Fernando, que apareceu no local dos incêndios no começo da noite, falou que estava sendo investigado se o incêndio foi criminoso, mas a afirmação do prefeito não foi confirmada pelas autoridades policiais.

O incêndio destruiu floresta nativa e uma área de pinus e outra que estava cortada, e atingiu serrarias da rua Minas Gerais, mas felizmente não ocasionou vítimas.

Moradores da rua Minas Gerais, ouvidos pelo O Expresso, relataram preocupação com o incêndio e desde as primeiras horas da tarde solicitaram apoio dos bombeiros, dois dias depois do incêndio algumas casas tiveram que ser limpas várias vezes porque a fuligem ficou atingido o local por dias. Esses mesmos moradores esperavam que a prefeitura tivesse pelo menos passado nas casas para ver se havia necessidade de algo e não somente com o prefeito tendo feito um vídeo na noite do incêndio.

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