As baixas temperaturas que atingem o Sudeste em outubro de 2025 não aconteceram por acaso. O principal responsável é o fenômeno La Niña, que provoca o resfriamento das águas do oceano Pacífico e altera o padrão dos ventos e das chuvas em várias regiões do planeta.

Esse comportamento atípico favorece a chegada de frentes frias mais fortes e fora do período típico do inverno, resultando em temperaturas incomuns para esta época do ano. Mesmo assim, os meteorologistas afirmam que as próximas ondas de frio devem ser menos intensas do que a atual, considerada a mais rigorosa de 2025 em muitas localidades.

Embora o calor comece a retornar aos poucos, a atmosfera segue instável. A atuação da La Niña continua ativa, o que deve acelerar a entrada de novas frentes frias até o fim da primavera, porém, com intensidade mais moderada.

O La Niña é um fenômeno climático natural caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, o que modifica as correntes atmosféricas e redistribui a umidade e as massas de ar. Como efeito, o Centro-Sul do Brasil tende a registrar períodos mais frios e secos, enquanto o Nordeste costuma enfrentar chuvas mais volumosas. Essa combinação explica o contraste entre o frio e os temporais observados neste mês de outubro.

Apesar das manhãs geladas e das temperaturas abaixo dos 10°C, a tendência é de mudança nas próximas semanas, com um aquecimento gradual que deve marcar o fim deste episódio de frio prolongado. Até que o fenômeno enfraqueça, é provável que novas frentes frias avancem sobre o país, mas sem repetir a intensidade histórica deste evento.