Na sessão da última terça-feira, dia 1º de abril, os vereadores da bancada da situação de Guapiara decidiram apresentar o requerimento nº 06 de 2025, em que solicitam várias informações e o envio de documentação sobre o convênio entre a prefeitura de Guapiara com a OS (Organização Social) Instituto Santa Dulce.
O requerimento foi de autoria da presidente da Casa de Leis, Neli Barros, e do vereador Junior Enfermeiro e teve posteriormente o pedido de assinatura dos vereadores Flávio Menk e Maurício Kerche. O pedido feito agora pelos vereadores da situação contém também solicitação de informações sobre a nova empresa escolhida pela prefeitura para fazer a gestão na saúde local, a San Torres Serviços de Saúde. Desta vez, o requerimento foi aprovado por todos os vereadores presentes.
Em 28 de janeiro, os vereadores da oposição, Maurício Kerche, Flávio Menk, Jaíne Venâncio e William Camargo, haviam protocolado o requerimento nº 01/2025 pedindo várias informações sobre o convênio da prefeitura com o Instituto Santa Dulce, que já naquela época estava atrasando salários dos funcionários, mas após uma mobilização da bancada da situação, que tem maioria na Casa de Leis, o pedido foi rejeitado. Naquela ocasião, a presidente da Câmara, Neli Barros, afirmou que não haveria necessidade de aprovação da solicitação de documentos, pois as informações já tinham sido prestadas pela prefeitura após ofício feito por ela e pelo vereador Junior Enfermeiro.
Após a rejeição do requerimento ter sido negado, o vereador Flávio Menk denunciou o caso na Promotoria de Justiça de Capão Bonito, o que redundou na abertura de uma investigação sobre o convênio que culminou, entre outras coisas, com o rompimento por parte da prefeitura do contrato com o Instituto Santa Dulce e, posteriormente, com a declaração do instituto de que a prefeitura de Guapiara deve mais de 3 milhões de reais de repasses para pagamentos de servidores sem contar as rescisões.
Para políticos da oposição de Guapiara, o pedido da bancada da situação está chegando com dois meses de atraso e só foi feito devido a repercussão negativa que teve a rejeição do primeiro pedido feito pelos vereadores da oposição e pela repercussão na imprensa regional.
