O aleitamento materno representa uma das experiências nutricionais mais precoces do recém-nascido e tem importância indiscutível na saúde e na vida do lactente, como alimento completo e ideal, na prevenção de várias doenças alérgicas, infecciosas, e crônicas, também promovendo o seu desenvolvimento sensor e cognitivo.
O leite materno possui em sua composição nutrientes capazes de se ajustar às necessidades nutricionais dos bebês, fazendo com que tenha o fortalecimento do sistema imunológico prevenindo-os de várias doenças a curto e em longo prazo.
Além dos nutrientes, o leite materno possui outros componentes que atuam na defesa do organismo do lactente, como imunoglobulinas, fatores antiinflamatórios e imunoestimuladores.
Qualquer outro tipo de alimento ou leite industrializado não é capaz de fornecer todos esses ingredientes do leite materno, aumentando os riscos de desenvolvimento de doenças e pode ocasionar lesões no intestino imaturo do lactente.
Há relatos de aproximadamente 250 elementos de proteção no leite humano, além de fatores de crescimento do trato gastrintestinal.
O leite humano supre as necessidades do lactente até o sexto mês de vida, e durante o primeiro ano da criança é um dos meios mais eficientes de atender seus aspectos nutricionais e imunológicos.
Estudos relatam que a lactação diminui a incidência e gravidade de diarréia, enteroco-lite necrotizante, doenças respiratórias e infecciosas, doenças autoimunes, alergias, além de prevenir contra síndrome metabólica e desenvolver o sistema imunológico do lactente.
Além disso, a exposição ao leite materno exclusivo pode refletir na fase adulta da criança, como fator protetor contra obesidade, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 1, asma.
“Apesar do aumento das taxas de amamentação na maioria dos países nas ultimas décadas, inclusive o Brasil, o número de crianças amamentadas segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda é pequeno. Estudos relatam que 97% das mães iniciam o aleitamento materno nas primeiras horas de vida do recém-nascido, porém apenas 11% amamentam exclusivamente no período de 4 a 6 meses. Muitas vezes, os conhecimentos das mães sobre questões fundamentais da amamentação são insuficientes, não permitindo o sucesso pleno do aleitamento materno e, consequentemente, levando ao desmame”, destaca a enfermeira e coordenadora da Estratégia da Saúde da Família (ESF) Maria Senciatti que ao lado do médico dr. Gino Arrunategui – coordenador NASF têm feito ações de conscientização no município.
Preconizado pelo Ministério da Saúde e instituída através de Lei Municipal, o incentivo ao aleitamento materno será comemorado anualmente no mês de agosto, devendo integrar as ações dos serviços de saúde.
E por entender a importância da amamentação, a Secretária Municipal de Saúde de Capão Bonito promoveu durante todo o mês de agosto uma Campanha de Incentivo ao Ato de Amamentar para as mães e gestantes do município.
A campanha deu-se através de reuniões, palestras e orientações, ocorrendo em todas as Unidades de Saúde da ESF (Estratégia da Saúde da Família) e AB (Atenção Básica), realizadas por médicos, enfermeiros com apoio também do NASF (Núcleo de Apoio da Saúde da Família) composto por Fisioterapeutas, Assistente Social, Nutricionista, Psicólogas, Educador Físico, Fonoaudióloga e Médico, com a participação dos funcionários das equipes e da população.