Economia parada. Rombo de R$ 170 bi nas contas da União. Sai presidente (a). Entra o vice. Previsão de 14 milhões de desempregados até o fim do ano. Está bom ou quer mais? Crise é a palavra de ordem em todas as esquinas, inclusive na esquina ampliada, mais conhecida como Rede Social. O momento é difícil, sem dúvida, mas é na crise que crescemos como pessoa e profissional. Na crise, nascem os criativos, os competentes e os gestores.
A Lei de Orçamentos do município de 2016 previa uma receita de R$ 128 milhões, mas com a queda na arrecadação, nos repasses intergovernamentais e paralisação dos convênios firmados através de emenda parlamentar, o prefeito Julio Fernando se transformou novamente naquele gestor que assumiu a prefeitura quebrada no início de 2009 e em pouco tempo, usando os fundamentos da austeridade fiscal, Capão Bonito voltou novamente a ser respeitado e obter crédito na região e no Estado. Para garantir o sagrado salário do funcionalismo e não paralisar os investimentos recordes em infraestrutura, que inclusive geram centenas de emprego, Julio Fernando criou, através de um decreto, um novo plano de contenção de despesas. Os cortes contemplam os gastos com custeio em todos os setores e a meta é economizar até 30%. Fico imaginando se ao invés de um prefeito gestor, tivéssemos um prefeito político. Seria um Deus nos acuda total!
A crise está aí, batendo à porta de todos. Mas qual o motivo de optarmos pelo pessimismo? Sempre fui otimista, independente se a tendência para o ocasião fosse o contrário.
Se Deus criou o mundo, ele não foi pessimista ao disponibilizar para nós as Nascentes do Rio Paranapanema, a natureza exuberante que nos cerca e esse povo religioso e batalhador.
Não é hora de nos apequenar e sim de lutarmos para que a nossa cidade, a nossa região, o Estado e a Nação retome o espírito de esperança e de um futuro melhor. Para isso, não podemos ficar na dependência exclusiva dos governantes e dos políticos. A mudança começa na própria casa, no ambiente de trabalho, na reunião de Igreja e até mesmo na roda de amigos.
Cito novamente a nossa querida Capão Bonito. Temos um governo sério, responsável, comprometido com o dinheiro público e principalmente, empreendedor. Em menos de oito anos foram mais de 100 obras de infraestrutura em todos os setores. Quem de nós, cidadãos, em sã consciência vai querer mudar a rota desse novo ciclo que tanto esperamos e sonhamos? Seria um retrocesso incalculável trocar um governo gestor por um governo popu-lacho. Temos que resolver às questões que estão no dia-a-dia e jamais se esquecer do lugar onde queremos chegar. Formado em Comunicação Social (Relações Públicas e Jornalismo), comecei minha vida profissional como estagiário de uma afiliada da Rede Globo, e na ocasião, troquei um emprego estável como funcionário concur-sado do Estado por algo incerto. A chance de eu realizar meu objetivo de vida como funcionário estável era zero.
Se eu fosse pessimista, estaria condenado. Mas eu tinha um sonho e aquela experiência de estagiário no setor de Comunicação e Marketing mostrou uma vocação e abriu o meu destino. Temos que pensar no futuro e tirá-lo da nossa cabeça para colocá-lo em prática.
Cada um de nós tem um potencial, uma vocação… e a descoberta é feita quando acreditamos. Acrescente a Fé, a Fé em si mesmo.
Walt Disney foi um gênio. Não nasceu gênio. Acreditou e apostou num rato, num rato animado, mas um rato. Foi um dos maiores nomes do entretenimento, contribuindo com a infância de milhões de pessoas, incluindo a deste jornalista. Uma de suas frases preferidas era: “All our dreams can come true if we have the courage to pursue them” (Todos os nossos sonhos podem se tornar realidade, se tivermos a coragem de persegui-los).
Assim como o grito de guerra dos torcedores atletica-nos, “eu também acredito”.
Acredito no Brasil, acredito no ser humano e na sua evolução constante. Quem imaginaria que um aparelhinho se transformasse em algo mais poderoso do que aquele supercomputador de sala inteira dos anos 80? É muito poder e conhecimento disseminados para as massas, com retorno inestimável.
“O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto” (Fernando Pessoa)
Francisco Lino é Jornalista.