Fábrica de Cimento de Ribeirão Grande deve retomar atividades em 2023, prevê prefeito

Reativação da CCRG depende do aquecimento do mercado da construção civil

Em entrevista concedida ao Boletim O Expresso nesta última quarta-feira, dia 22, o prefeito de Ribeirão Grande, Marcelo Nunes, disse que a CCRG (Companhia de Cimento de Ribeirão Grande), do grupo Votoriantim Cimentos, pode vir a retomar suas atividades produtivas em 2023.

Para o chefe do Executivo está ocorrendo um aquecimento no mercado da construção civil no país e consequentemente, crescimento na procura por cimento. “A própria diretoria do grupo Votorantim Cimentos avalia essa possibilidade de retomar a produção na fábrica em Ribeirão Grande devido ao aumento na procura por cimento”, disse.

Marcelo Nunes já havia participado de uma audiência com representantes do grupo cimenteiro no último mês de outubro. Na ocasião, os representantes da Votorantim Cimentos apresentaram um diagnóstico econômico sobre o setor da construção civil do país e anunciaram o início de um estudo sobre uma possível retomada das atividades produtivas da CCRG (Companhia de Cimento de Ribeirão Grande), entretanto, essa medida dependeria do aquecimento do mercado interno da construção civil e aumento da demanda pelo produto na região Sudeste do país.

O grupo cimenteiro também ingressou com novos pedidos de licenciamento ambiental para a Unidade de Ribeirão Grande junto aos órgãos ambientais como a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), através do escritório regional de Capão Bonito. O estudo para uma possível retomada da produção da CCRG também previa um levantamento sobre as condições e custos para a recuperação dos equipamentos da fábrica, que está praticamente desativada desde 2015. “Precisamos recuperar alguns equipamentos da unidade, principalmente no setor de moagem de cimento”, falou Dimalton Magalhães, representante da Votorantim Cimentos.

Com a paralisação da fábrica de cimento CCRG, a prefeitura de Ribeirão Grande deixou de arrecadar cerca de R$ 4 milhões nos últimos quatro anos. Na época, a Votorantim Cimentos justificou que a medida era necessária devido ao “contexto macroeconômico” do cimento.

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