Na semana passada a prefeitura de Capão Bonito em convênio com a Secretaria Estadual da Habitação entregou mais um lote de casas populares no bairro Jardim Boa Esperança, um dos mais distantes da região central da cidade.
A entrega praticamente finalizou o projeto de substituição das antigas casas de madeiras do local e que estavam em péssimas condições, para residências de alvenaria feitas no padrão dos conjuntos habitacionais existentes em todo o Estado.
A atual administração municipal de Capão Bonito teve acerto e erros, como toda e qualquer gestão, mas num aspecto tem que ser feita justiça. A atenção com o Jardim Boa Esperança foi algo nunca visto antes na história da cidade e possibilitou o resgate da autoestima dos moradores do bairro que era praticamente excluído do restante da cidade. É importante frisar que o Boa Esperança teve sua fundação iniciada na década de 90 do século passado quando se decidiu remover moradores de barracos de papelão que estavam instalados em invasões de áreas de preservação ambiental em vários loteamentos existentes no município.
Embora a ação de transferência inicial estivesse coberta de boa intenção, mostrou ser um equívoco com o passar dos anos por praticamente excluir os moradores do bairro do restante da cidade.
Para piorar, as gestões que sucederam a que implantou o bairro não deram a devida atenção para que o Boa Esperança tivesse uma inclusão completa à comunidade local.
Com a atual administração, além da remoção total dos barracos de madeira dos moradores para casas do CDHU ainda foram implantados outros benefícios como a construção de creche-escola, pavimentação e iluminação das ruas, construção de avenida de acesso ao bairro e construção de quadra para práticas esportivas e de lazer, entre outros benefícios.
Portanto, justiça precisa ser feita, nunca na história da cidade um bairro foi resgatado de uma situação de tamanha fragilidade para uma de inclusão de forma tão eficaz.
Alguns dirão que esta mudança foi feita através de recursos do governo estadual, mas outras gestões também tiveram esta possibilidade e não o fizeram.
Há que se dar mérito a quem merece e no caso do Boa Esperança não há nenhuma dúvida que a atual gestão foi o grande diferencial do bairro e seus moradores que agora podem se dizer como totalmente incluso dentro da comunidade capão-bonitense.