Saúde de Capão Bonito volta a viver momento dramático

Alta nos casos da Covid-19, falta de médicos nas Unidades de Saúde e Sentinela e surto de síndrome respiratória preocupam a população

Em 2021, a Saúde de Capão Bonito enfrentou um dos seus piores momentos da história do município, com descontrole no contágio da Covid-19 e mais de 140 mortes em apenas um ano. O Governo Municipal falhou em diversas ações no enfrentamento da doença e agora, o setor da Saúde volta a viver um momento dramático.

Vários médicos que atuavam no programa Estratégia Saúde da Família (ESF) pediram demissão pela falta de equiparação salarial com relação aos profissionais de Saúde contratados. Equipes das Unidades Básicas de Saúde da Vila São Paulo, Vila Maria e Turvo dos Almeidas estão há dias sem médicos.

Além disso, houve um aumento expressivo nos casos de Covid-19 no município entre os dias 22 de dezembro e 3 de janeiro. Segundo o secretário da Saúde e vice-prefeito, Roberto Tamura, que decidiu se pronunciar publicamente após as festas de fim de ano, foram ao todo 35 novos casos confirmados da doença.

Porém, profissionais da Saúde consultados pelo jornal O Expresso, afirmam que esse número é maior do que o divulgado. “Somente em uma comunidade evangélica da cidade foram confirmados 20 casos positivos, imagine na cidade”, questionou a fonte.

Possivelmente, em desacordo com a política de enfretamento à Covid-19 adotada em Capão Bonito, um dos profissionais responsáveis pela Sentinela na cidade, acabou pedindo demissão de sua função. Hoje pela manhã, a Sentinela amanheceu lotada de pacientes com sintomas da Covid-19 e gripais, procurando atendimento para um tratamento rápido e eficiente, para evitar desta forma qualquer tipo de complicação, entretanto, encontraram uma unidade desorganizada.

Já na Santa Casa de Capão Bonito, um médico que atua no hospital afirmou que forma quase 300 atendimentos apenas no dia de ontem, segunda-feira, dia 03. “Talvez, a Santa Casa tenha batido um recorde de atendimento em um único dia. Foram quase 300 atendimentos e a grande maioria por síndrome respiratória e também por falta de atendimento nas UBS’s”, disse o profissional.

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