Desatando o nó

Na madrugada do dia 12 de maio o Senado Federal decidiu dar continuidade ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, do PT, com isso, a primeira presidente da República do sexo feminino na história do Brasil ficará afastada de suas funções por até 180 dias, findando esta data poderá retornar ao cargo ou até ser cassada e, consequentemente, terá seu 2º mandato interrompido.
Deixando de lado o fato simbólico de ela ser a primeira mulher a governar o país, o Senado proporcionou uma mudança esperada por todos os brasileiros.
Não que o vice-presidente da República e agora presidente interino Michel Temer seja o supra sumo da competência política e administrativa, mas é que o governo da presidente petista praticamente se esfacelou sendo levado para baixo com seguidos casos de corrupção entre seus aliados diretos e também não dava o mínimo sinal de que poderia se recuperar e com isso tirar o país da crise política e econômica pela qual passa.
Sabemos todos que a crise econômica está ligada umbilicalmente a crise de credibilidade política que atingiu o governo federal.
Fica nítido que a maioria dos sinais negativos da macro-economia surge pela sensação que se tem de que o governo federal não teria a menor condição de se recuperar do nó em que se meteu e não teria como impor medidas que mostrassem ao mercado que haveria uma redução dos gastos públicos.
Num cenário de queda de arrecadação de impostos, com indústrias e comércios fechando as portas, era mais do que necessário que o governo fizesse sua parte e cortasse gastos, mas a presidente Dilma Rousseff e sua equipe se negavam a colocar em prática um plano de austeridade.
Ninguém cobra o corte de programas sociais, mas se o Executivo Federal tivesse reduzido o número de ministérios, cortado gastos desnecessários com pessoal e outras tantas coisas que são privilégios de quem está no poder, além de economizar o dinheiro público daria um exemplo para que os Poderes Legislativo e Judiciário também seguissem o mesmo caminho e deixaria claro para a opinião pública de que o dinheiro do contribuinte não estaria sendo desperdiçado.
A presidente Dilma Rousseff, que foi reeleita sob uma plataforma de mentiras e num verdadeiro estelionato eleitoral, deixou escapar a oportunidade de se redimir e com isso conseguir manter seu mandato.
Cabe agora ao vice-presidente aproveitar a oportunidade que lhe está sendo dada para dar ao país uma demonstração evidente de que vai desatar o nó da economia e ao menos impor algumas ações que sirvam de exemplo positivo para retirar o Brasil do fundo do poço.

Veja também