Nos últimos dias prefeituras de cidades da região estão implantando medidas visando cortar despesas de custeio dos serviços públicos de suas respectivas cidades.
Estão sendo impostas medidas de toda natureza que vão desde o corte no consumo de combustíveis, despesas com viagens e que vão até mesmo a redução do horário de expediente em setores menos essenciais da administração pública.
A contenção dos gastos está sendo feita em consonância com a crise que tomou conta do país e impôs uma recessão aos brasileiros sem precedentes nas últimas décadas.
Recessão esta que deixou as finanças da grande maioria das prefeituras em frangalhos, pois impôs uma diminuição drástica das receitas dos municípios e ainda acabou fazendo com que as despesas crescessem de forma preocupante motivada pela volta da inflação que retornou a níveis de anos anteriores a implantação do plano real. Pelo menos três municípios da região, no caso Itapeva, Capão Bonito e Ribeirão Grande, tomaram a iniciativa de cortar as despesas nos últimos dias embora este número seja bem maior já que outras localidades tinham implantado os cortes de gastos em meses anteriores. Lamenta-se que alguns serviços públicos estejam sendo reduzidos ou cortados, pois esta medida penaliza, principalmente aquelas pessoas mais humildes, que são as que mais precisam recorrer aos serviços públicos para atender suas necessidades, embora pelo menos nos comunicados oficiais das prefeituras estas afirmem que serviços prioritários como Saúde e Educação não sofrerão nenhum tipo de interrupção.
Apesar de ser penoso admitir um retrocesso na prestação de serviço público, os go-vernantes municipais estão agindo de forma responsável para que as finanças de suas respectivas prefeituras não afundem ainda mais deixando para os futuros governantes uma herança que possa inviabilizar a implantação de projetos futuros.
A Lei de Responsabilidade Fiscal que é criticada por muitos políticos surgiu exatamente para que o país pudesse ter normas adequadas na gestão pública que impeçam que os administradores municipais gastem além do permitido e que não sejam deixados para outros mandatos questões que deveriam ter sido regularizadas pelos gestores do presente.
A implantação desta lei foi um grande avanço que faz com que políticos dos mais variados partidos tenham uma conduta mínima de respeito ao erário público e sua execução impede que muitas prefeituras literalmente quebrem.
Ações de austeridade, que visem equilibrar as finanças públicas de qualquer que seja a prefeitura devem ser enaltecidas, pois com esta atitude os gestores estão mostrando ter um respeito para com seus munícipes, respeito este que é sempre cobrado pela opinião pública e que deveria ser uma tônica em qualquer um dos milhares de municípios existentes no país.