Na semana passada este jornal noticiou que políticos e empresários da cidade estavam se movimentando para tentar incluir o município no rol de localidades do território de uma zona franca da indústria moveleira que está em tramitação no Congresso Nacional para ser criada através de uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional) de autoria do deputado federal Antonio Goulart, do PSD paulista.
Primeiramente, é importante que fique claro que o projeto em questão ainda está em fase de estudos e muito provavelmente sofrerá inúmeras resistências para ser aprovado em duas votações no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, tendo em vista que a criação de uma zona franca é o desejo de todas as cidades brasileiras.
Não se sabe por qual motivo Capão Bonito está fora das cidades beneficiadas com a zona franca da região de Itapeva já que o município detém grandes áreas de seu território destinadas ao reflorestamento e também uma indústria madeireira organizada e com presença econômica regional.
O simples fato de estar tramitando um projeto de emenda constitucional criando a Zona Franca não pode ser encarado como a redenção da cidade ou da região, mas sua aprovação sem dúvida alguma poderá significar uma estímulo considerável para o desenvolvimento econômico do Sudoeste Paulista. Agiram bem e rapidamente alguns membros da classe política e do empresariado local para buscar uma alternativa visando incluir a cidade no rol daquelas que poderão ser beneficiadas com a criação da Zona Franca Moveleira.
Mesmo sabendo que a aprovação da PEC é algo difícil de ser concretizado e pode ser somente um balão de ensaio de caráter político de seu autor, os representantes de Capão Bonito não podiam deixar que o município ficasse excluído da zona franca, pois caso ela seja aprovada a exclusão se constituiria num dano irreparável que comprometeria o futuro da cidade.
O esforço feito pelos políticos capão-bonitenses também deve ser seguido por gestores de outras localidades como São Miguel Arcanjo, Guapiara, Apiaí e outros municípios da região que têm potencial para desenvolvimento do ramo madeireiro e que podem também serem beneficiados com a aprovação da criação da Zona Franca Moveleira.
Por enquanto a criação da zona franca para a região é um sonho distante, mas nunca se pode desistir de uma causa que consideramos ser justa e que pode ser um instrumento de progresso que vai beneficiar uma parcela significativa da cidade.
No caso da Zona Franca Moveleira, se esta for aprovada, além dos empresários do ramo, serão beneficiados operários que terão mais empregos e melhores salários, as prefeituras que arrecadarão mais impostos, os cidadãos que serão beneficiários do aquecimento na economia e por fim todos que vivem na cidade, pois será formado um círculo positivo que vai beneficiar indiretamente todos os moradores da região.
Pensar grande faz bem para uma cidade, para uma região, para um estado e para um país e deve ser sempre o horizonte do bom político.
Ninguém pode somente se conformar com a sua realidade, principalmente quando ela é modesta, como é o caso da região sudoeste.
É importante ter os pés no chão, caminhar com as suas possibilidades, mas nunca podemos deixar de sonhar alto, pois é com a coragem dos inovadores que o mundo é movido.