Sem sossego

Com o afastamento da presidente Dilma Rousseff há algumas semanas pelo Senado Federal para apuração dos casos de irregularidades que levaram a constituição do processo de impeachment da chefe do Executivo Nacional, havia a esperança de que o país pudesse ter uma diminuição de sua crise política que tem sido alvo do noticiário diário da grande mídia nacional. A expectativa era de que com o afastamento da presidente petista o país pudesse ter relativa tranquilidade no Congresso Nacional e temas importantes relativos principalmente a economia, passassem a ser discutidos pelas autoridades do Legislativo e do Executivo federal para que, consequentemente, medidas fossem tomadas para tirar a nação de uma das suas maiores crises econômicas.
O governo do presidente interino Michel Temer, até que está fazendo esforços, principalmente na área econômica, para tentar buscar esta agenda positiva, mas lamentavelmente para o setor econômico e felizmente pelo aspecto da moralização na gestão pública, a cada dia surgem novas revelações negativas advindas de operações da Polícia Federal e do Ministério Público que envolvem personalidades dos altos escalões da política nacional e acaba pautando o noticiário da grande imprensa.
O governo federal precisa urgentemente romper as amarras que o vinculam a estes escândalos para que o país possa ter uma relativa paz e possa caminhar rumo a recuperação de sua economia, para que todos os setores produtivos do Brasil possam ter perspectivas de melhora em suas atividades.
Se isto não ocorrer de forma rápida, a crise se acentuará com ainda mais força e levará a um arrocho ainda maior a todas as classes sociais, mas principalmente para os trabalhadores que veem seus empregos sendo extintos e colocando em risco o futuro de milhares de famílias de brasileiros. Esta crise não afeta somente os grandes centros, cidades de nossa região estão sendo penalizadas, basta que lembremos que Capão Bonito e Ribeirão Grande sofrem com o fechamento da fábrica Cimento Ribeirão pertencente ao Grupo Votorantim desde o ano passado. Há alguns dias o grupo Nassau também realizou demissões e o sonho de uma nova cimenteira na região que estava prevista para iniciar suas atividades em 2020 muito provavelmente será adiado sem data. Não cabe aos administradores federais pedirem uma pausa nas operações de investigação da corrupção como a Lava-Jato, mas sim se livrar daqueles aliados que podem lhes causar embaraços, pois o país precisa ter um pouco de sossego para que possa se recuperar dos estragos feitos pela gestão da presidente afastada e seus aliados do “lulapetismo”.
Só com uma relativa tranquilidade política o setor econômico poderá sair deste estado de paralisia desesperador para caminhar para a recuperação que será benéfica para todos os brasileiros.

 

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